sábado, 24 de outubro de 2020

SURREALISMO DE MARONIL


 

6 comentários:

  1. Autor. Carlos Holbein Antunes de Menezes.
    Celebrando Chico Buarque
    Sem nenhum constrangimento, devo confessar: ainda que eu seja um errante e que a vida me diga que “na bagunça do teu coração / meu sangue errou de veia e se perdeu...”, mesmo assim, eu continuarei acreditando que o afeto mora ao lado. Sim! Por mais que a realidade seja uma incômoda conselheira, ainda assim, é preciso ousar. Até porque, convenhamos, tudo parecerá igual e repetitivo como na canção: “dei pra sonhar / fiz tantos desvarios / rompi com o mundo / queimei meus navios / me diz pra onde que inda posso ir...”
    Talvez alguém pergunte: Carlos, onde está a saída? Eu responderei: não sei! O que sei é que “nessas tortuosas trilhas / a viola me redime / Creia, ilustre cavalheiro: contra fel / moléstia, crime / use Dorival Caymmi / Vá de Jackson do Pandeiro”. Então, saibam todos que que eu já “vi cidades, vi dinheiro / bandoleiros / vi hospícios! / Moças feito passarinho / avoando de edifícios...”
    Ah, meus amigos, o que importa é que estamos aqui, nesta festa de emoções, celebrando este momento lindo. Bom seria se cada um dos amigos me confirmasse: “Foi bonita a festa, pá / Fiquei contente / e ainda guardo, renitente / um velho cravo para mim / Já murcharam a tua festa, pá / Mas, certamente, esqueceram uma semente / Nalgum canto do jardim! / Sei que há léguas a nos separar / tanto mar, tanto mar / Sei também quanto é preciso, pá / navegar, navegar...”
    O certo que a vida da gente não caminha em linha reta. E será que deveria?! Creio que não. Desse modo, os dias se tornam diferentes... Porquanto “tem dias que a gente se sente / como quem partiu ou morreu. / A gente estancou de repente / ou foi então o mundo que cresceu. / A gente quer ter voz ativa / no nosso destino mandar / mas eis que chega a roda viva / e carrega o destino pra lá...”
    Ah, meu querido Chico, eu lhe agradeço por toda poesia que nos presenteou. E saiba que ela jamais será esquecida. Aliás, por justiça, nós te devemos muito mais do que reconhecimento. Devemos gratidão. Gratidão pela capacidade de dar sentido àquilo que muitas vezes não tem... E agora, após ‘beber’ nessa fonte, não me importa mais se alguém disser: “diz que eu não sou de respeito. / Diz que não dá jeito / de jeito nenhum / Diz que eu sou subversivo / Um elemento ativo / Feroz e nocivo / ao bem-estar comum...

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  2. Autor Suzana Krause.Compartilhando.
    Em 15 de fevereiro, há 116 anos, nascia Nise da Silveira: a mulher que revolucionou o tratamento mental por meio da arte.
    Com terapia ocupacional, a psiquiatra alagoana enxergou o potencial de pacientes com estigma da loucura.
    Nise da Silveira ficou conhecida por seu trabalho como psicoterapeuta e na luta antimanicomial.
    Já dizia Machado de Assis que “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. O ditado ficou famoso pelo livro "O Alienista", de 1882, que faz um debate sobre a loucura. Uma frase parecida é da nordestina Nise da Silveira, grande admiradora do autor brasileiro: “Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas.”
    Nise Magalhães da Silveira nasceu em 1905 e ajudou a escrever e revolucionar a história da psiquiatria no Brasil e no mundo. Nascida em Maceió, Alagoas, ela ficou conhecida por humanizar o tratamento psiquiátrico e era contrária às formas agressivas usadas em sua época, como o eletrochoque.
    De uma inteligência rara e inquietação gigantesca, Nise também inspirou quem conviveu com ela, como é o caso de Gonzaga Leal, artista e terapeuta ocupacional. Ele foi amigo pessoal da alagoana e afirma que "estar junto dela era objeto de amor". "A Nise, para mim, é uma grande inspiração. Ela era uma mulher de uma cultura muito superior e de uma curiosidade absurda; uma mulher que, como ela dizia, era um Lampião, no melhor sentido da coragem, de ser destemida e, além de tudo, uma nordestina; uma mulher que andava de braços colados com o seu desejo."
    Inspirada em Carl Jung, um dos pais da psiquiatria, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Em meados de 1940, ela foi pioneira na terapia ocupacional, método que utiliza atividades recreativas no tratamento de distúrbios psíquicos. A alagoana se destacou por usar a arte como uma forma de expressão e de dar voz aos conflitos internos vivenciados principalmente pelos esquizofrênicos, que tiveram suas obras expostas ao redor do mundo.
    A revolucionária frequentava grupos marxistas e ficou presa por dois anos acusada de envolvimento com o comunismo. Afastada da psiquiatria, ela continuou seus estudos enquanto estava no presídio Frei Caneca. Para Mariana Sgarioni, jornalista e pesquisadora, Nise da Silveira continua atual por ter quebrado paradigmas muito à frente de seu tempo.

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  3. Autor.Raul Arruda Filho..A casa amarela morreu. O tempo encarregar-se-á de soterrá-­­la na vala comum das ausências.

    Apesar disso, contrariando a lógica, a casa amarela resiste. Quem passar por aquela rua sentirá a sua presença. Mesmo sem estar onde deveria estar, parece que ela, a casa amarela, nos chama para uma conversa, quer trocar segredos, pequenas bobagens, indiscrições só possíveis entre amigos. A casa amarela era alegria no coração.

    Assim como as pessoas, as casas morrem.

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  4. Na primeira noite eles se aproximam
    e roubam uma flor
    do nosso jardim.
    E não dizemos nada.
    Na segunda noite, já não se escondem;
    pisam as flores,
    matam nosso cão,
    e não dizemos nada.
    Até que um dia,
    o mais frágil deles
    entra sozinho em nossa casa,
    rouba-nos a luz, e,
    conhecendo nosso medo,
    arranca-nos a voz da garganta.
    E já não podemos dizer nada.
    Poema de Eduardo Alves da Costa

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  5. Minha irmã de caminhda, através da senda da Grande Deusa, minha irmã de alma e despertar espiritual que você venha a reconhecer a cada dia o poder sagrado que existe em você! Essa foto foi de um dia com muita dor física, mas de grande resiliência e força espiritual. Nosso último encontro, foi também de buscas, incertezas, conexões, cura e que está marcando um novo ciclo e aprendizado em sua vida.
    🍃🌷🍃🧿🕯
    Você sairá mais forte, sábia e renascida no poder de ser quem tu és... Que a Deusa, Deus e todas as forças da natureza lhe confortem e ancorem neste grande desafio que você está passando, que a Deusa desperte sua mulher selvagem e o poder de cura e transmutação da curandeira, feiticeira! Aceite, receba, agradeça, solte...
    🕯🧿🍃🌷❤☀️⭐🌕💎🐍
    Que a força da sua ancestralidade lhe guiem, juntamente com os guardiões e que você seja sempre este diamante, mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida. Saiba que eu estarei sempre pertinho pra brigar, rir, conversar e sempre dizendo para você se achar, talvez a se perder também um pouquinho para ter o verdadeiro encontro com a sua essência. Saiba que nesta grande escola chamada vida, ninguém repete de ano, mas é extremamente responsável por suas escolhas e as consequências, ressonâncias delas... Te amo minha amiga!🙏🏻PROFESSORA ALESSANDRA MELO.

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  6. .“Sair andando à toa entre as plantas e os animais.
    Ver as árvores verdes dos jardins.
    Lembrar das horas mais apagadas.
    Por toda parte sentir o segredo das coisas vivas.”
    Manoel de Barros.

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