Maronil Martins, aposentado nascido em Lages, SC, é um artista surrealista brasileiro. Foi influenciado por tragédias, incêndios e acidentes q vivenciou como bombeiro militar e começou a fazer arte surreal. Fez várias exposições na Fundação Cultural de Lages, Circuito Cultural do SESC, entre outras. Escolhido pelos curadores do Tela Digital com o documentário curta audiovisual “Arte Surreal”, fazendo parte do acervo do TV Brasil. Ganhador da Medalha Cultural Salvador Dali do Rio de Janeiro.
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CASO CANOZZI - Um Crime e Vários Sentidos é um trabalho de pesquisa sobre um crime que aconteceu em Lages, Santa Catarina, no ano de 1902. Trata-se do assassinato do caixeiro viajante Ernesto Canozzi e seu empregado Olintho Pinto Centeno. Foram apontados como culpados por este crime os irmãos Thomaz e Domingos Brocato, dois jovens italianos que fugiram da Sicília, moraram em Buenos Aires e também no Rio Grande do Sul, antes de se estabelecerem em Lages. Tal crime aconteceu em um cenário marcado pelos desejos de modernização e civilidade.
ResponderExcluirMaronil Martins13 de outubro de 2016 06:54
ResponderExcluirA HISTORIA DOS IRMAOS CANOZZI
Por volta da 1902, o gaúcho Ernesto Canozzi, de Porto Alegre, era um caixeiro viajante que percorria a região de Lages para vender tecidos, acompanhado de Olintho Pinto Centeno, que puxava as mulas.
Certa noite, ele comentou com o funcionário que tinha uma carta de recomendação de Vidal Ramos para casar com a jovem Emília Ramos.
Na mesma época, dois irmãos italianos, de sobrenome Brocatto, cometeram um assassinato em seu país natal, e fugiram para o Marrocos, depois Buenos Aires e Porto Alegre. Por onde passavam, praticavam crimes.
Um deles estudou Medicina em Caxias do Sul, mas não concluiu o curso. Assim, os dois saíam com diplomas falsos de médico e farmacêutico.
Chegando em Lages, o falso farmacêutico apaixonou-se por Emília, e soube da carta que Ernesto possuía.
Revoltado, em maio de 1902 armou uma cilada e matou Ernesto e Olintho, num crime bárbaro que chocou a comunidade.
No velório das vítimas, o assassino chorou, e sangue começou a pingar de um dos caixões. Foi quando uma senhora teria comentado que o fenômeno indicava a presença do autor do homicídio no velório.
Não muito tempo depois, os Brocatto foram presos. O falso médico foi morto pela polícia, e o outro, dentro da penitenciária de Florianópolis.
Já Ernesto e Olintho passaram a ser chamados de Irmãos Canozzi, e devido à brutalidade com que perderam suas vidas, atraíram o carisma e o sentimento de muitas pessoas.
Na visão de grande parte da população, os dois viraram santos milagreiros, já que algumas graças são atribuídas a eles.
Túmulo dos irmãos Canozzi
Sobre os seus túmulos, no Cemitério Cruz das Almas, no Bairro Triângulo, há velas, flores e mensagens com pedidos e agradecimentos.
Muitos fiéis têm o hábito de soltar a corrente em frente ao túmulo, colocá-la no chão, fazer pedidos e encaixá-la novamente.
A fé do povo é algo impressionante. Em Lages, além de homenagear familiares e amigos mortos no dia de Finados, muitas pessoas lembram de algumas consideradas santas na cidade.
http://arquivosinsanos.blogspot.com.br/2011/07/assassinatos-milagres.html