quinta-feira, 13 de outubro de 2016

SURREALISMO DE MARONIL - A TOCAIA DOS IRMÃOS CANOZZI


5 comentários:

  1. A HISTORIA DOS IRMAOS CANOZZI
    Por volta da 1902, o gaúcho Ernesto Canozzi, de Porto Alegre, era um caixeiro viajante que percorria a região de Lages para vender tecidos, acompanhado de Olintho Pinto Centeno, que puxava as mulas.
    Certa noite, ele comentou com o funcionário que tinha uma carta de recomendação de Vidal Ramos para casar com a jovem Emília Ramos.
    Na mesma época, dois irmãos italianos, de sobrenome Brocatto, cometeram um assassinato em seu país natal, e fugiram para o Marrocos, depois Buenos Aires e Porto Alegre. Por onde passavam, praticavam crimes.
    Um deles estudou Medicina em Caxias do Sul, mas não concluiu o curso. Assim, os dois saíam com diplomas falsos de médico e farmacêutico.
    Chegando em Lages, o falso farmacêutico apaixonou-se por Emília, e soube da carta que Ernesto possuía.
    Revoltado, em maio de 1902 armou uma cilada e matou Ernesto e Olintho, num crime bárbaro que chocou a comunidade.
    No velório das vítimas, o assassino chorou, e sangue começou a pingar de um dos caixões. Foi quando uma senhora teria comentado que o fenômeno indicava a presença do autor do homicídio no velório.
    Não muito tempo depois, os Brocatto foram presos. O falso médico foi morto pela polícia, e o outro, dentro da penitenciária de Florianópolis.
    Já Ernesto e Olintho passaram a ser chamados de Irmãos Canozzi, e devido à brutalidade com que perderam suas vidas, atraíram o carisma e o sentimento de muitas pessoas.
    Na visão de grande parte da população, os dois viraram santos milagreiros, já que algumas graças são atribuídas a eles.
    Túmulo dos irmãos Canozzi
    Sobre os seus túmulos, no Cemitério Cruz das Almas, no Bairro Triângulo, há velas, flores e mensagens com pedidos e agradecimentos.
    Muitos fiéis têm o hábito de soltar a corrente em frente ao túmulo, colocá-la no chão, fazer pedidos e encaixá-la novamente.
    A fé do povo é algo impressionante. Em Lages, além de homenagear familiares e amigos mortos no dia de Finados, muitas pessoas lembram de algumas consideradas santas na cidade.

    http://arquivosinsanos.blogspot.com.br/2011/07/assassinatos-milagres.html

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  2. O assassinato de Ernesto Canozzi: as relações de um crime muito além do tribunal
    Por: Sara Nunesi
    Em 1902, Lages mantinha intensas relações culturais, comerciais e econômicas
    com o Rio Grande do Sul, muitos caixeiros viajantes passavam por esta cidade, alguns com
    certa freqüência, como era o caso do italiano Ernesto Canozzi, o qual era muito bem visto
    pela sociedade lageana. Este caixeiro viajante era empregado da companhia Santos &
    Almeida de Porto Alegre.
    Ernesto Canozzi e seu empregado, Olintho Pinto Centeno, foram violentamente
    assassinados no dia primeiro de maio de 1902 nas margens do rio Caveiras, na antiga
    estrada que ligava Lages ao Rio Grande do Sul. Atualmente são cultuados como santos, reinventados
    pela população como “irmãos” Canozzi. É importante ressaltar que eles não
    eram irmãos: Olintho Pinto Centeno era um alugador de animais contratado por Canozzi em
    Vacaria, no rio Grande do Sul.
    Os irmãos dessa história eram outros, os acusados do crime, Thomaz Brocato e
    Domingos Brocato. Eram italianos que fugiram da Sicília, no sul da Itália, por terem cometido
    vários crimes, da Itália vieram para Argentina e depois para o Rio Grando do Sul, onde em
    Caxias do Sul se tornaram grandes amigos de Ernesto Canozzi.
    Thomaz Brocato exercia a medicina com maestria, apesar de não ser médico
    formado, pois cursou apenas até o terceiro ano (isso só foi descoberto depois). Em 1901,
    Thomaz se muda para Lages com a família, o irmão Domingos e a esposa chamada
    Etelvina Cadori, moça de Caxias do Sul. Os irmãos Brocato conquistaram boas relações em
    Lages, freqüentavam os espaços da elite como: clube primeiro de julho, maçonaria, casas
    de famílias que exerciam grande influência na região, como por exemplo os “Ramosii”
    A amizade com Ernesto Canozzi continuava, tanto que este caixeiro viajante,
    sempre que estava em Lages era convidado para jantares na casa dos irmãos Brocato.
    Enfim, tanto Canozzi quanto os Brocato, eram moços considerados finíssimos, educados,
    elegantes e civilizados, padrões de comportamento que os lageanos buscavam para si.
    ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.

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  3. 10 Você, Jonas Malinverni e outras 8 pessoas
    Comentários
    Jonas Malinverni
    Jonas Malinverni É a cultura de valorizar quem não SABE FAZER e os ''criticos'' [QUE SÃO ''artistas'' FRUSTADOS ACHAM que sabem alguma coisa...mas SÓ teorizam ....A BABAQUICE NÂO DURA!!!!! ARTE DE VERDADE NÃO SAI DE MODA!!! atravessa os séculos

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  4. Trata-se de uma história que ainda não terminou ou, pelo menos, não desapareceu de seu devido lugar. Ela continua incomodando, gerando questionamentos. Tão instigante e intrigante que pede um romance. E estou em vias de concluí-lo.

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  5. Acrescento mais: até o próximo mês de junho estarei à procura de editoras dispostas a abraçar essa obra. Vai dar o que falar. Peço por solidariedade de quem estiver interessado.

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